INQUIETUDE...
Não há como esquecer sua inquietude atroz:
indiferença,
desprezo,
mal querência,
cobranças inoportunas,
devaneios,
lamúrias.
O ódio velado,
mesmo que a perdoe
no fundo d’alma e
absolva de suposta
imprecação que lhe invadiu o coração,
a rigor seu cérebro,
também... demais apequenado.
Ainda assim lhe cubra
de flores no verão e,
no inverno lhe protejo,
Os dias deveriam ser
sempre com sol,
pois a noite me amedronta
atavicamente até os animais.
O inverno é fenômeno
que a natureza necessita,
mas entendo,sempre, ser fenômeno e sabor- mau gosto...
Mesmo assim:
meu coração sangra , atendo sempre seus desejos
e vontades até o infinito,
com serenidade e compaixão
pois, meu amor é galáctico
e se expande em órbita infinita
de um ser pulsante.
Sei: Serei sempre finito
eternamente finito...
E jamais persistirá
a tal inquietação...
Ao fim- tudo se acaba. Vem o inexorável:
“Mors omnia solvit”.