"É assim que ... nos encontramos"

“Na loucura de amar-te incessantemente; esvaiu-me toda e qualquer
tormenta. Em teus braços ancorei-me menina, aos poucos, fez-me
mulher, incitando-me e instigando-me ao degredo de nossa ilícita paixão.”

Feito brisa tocou-me a face: com seus lábios percorreu-me. Abraçando-te, senti-o e na insana compulsão, entreguei-me.

Fui transformando-me lentamente: de menina à mulher em segundos e domínios. Lançou-me no fogo tênue, que perspicaz incendiou-me na plenitude.

Desnudei-te em malabarismos enquanto tu devoravas minha nuca. Dancei meu corpo ao seu ritmo. Entrega. Consumo. Rendição!

Já em ti repousada, fitava-te: e aos poucos meu olhar penetrava. Meus lábios já percorrendo sua pele, a umedecia e sorvia.
 
Desnudei-te da ansiedade e do desejo, provei-te o gosto saboroso. Provoquei-te propositalmente, até não mais suportar. Então, mostrou-me, na altivez de homem, seu tresvario. Deu-me o ópio dos amantes e o cálice dos anjos. Conduziu-me ao Éden e lá, eternizara-me.




(Incompleto)