Madrugada

Na madrugada morna
Viro-me e reviro-me
Mergulhada em mil pensamentos
A escuridão amplia as ideias
E os conturbados sentimentos
Vou e volto
E meu íntimo aflito
Na madrugada fria
Sofre em desalento
Busco e rebusco
Sem luz
Um quê de calor
Na madrugada escura
Que por ventura traga
Uma esperança fugidia
Aqui fico e depois vou-me
À procura do improvável
Nos confins
da madrugada em claro
rasgando-a com as mãos nuas
Cato coisas lá no fundo
Para emergir
Com o raiar do dia.
Roseli Schutel
Enviado por Roseli Schutel em 08/07/2017
Reeditado em 30/07/2017
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