Aquele olhar

O silêncio é quase palpável, preenchidos com sussurros vindos da noite que cai.

Sinto uma leve brisa no rosto, quase imperceptível, deixo cair a máscara revelando meu frágil semblante.

Arfante, corto o silêncio com minha respiração.

Apoio me na cama, com as mãos em meu rosto, fecho os olhos.

-Por que estou sorrindo?

Os músculos de minha face retesam ao fazer o movimento repentino e desconexo com o momento.

Talvez o dia não tenha sido de tão ruim, talvez aquele olhar que recebi tenha surtido algum efeito.

-Mas porquê diabos não paro de sorrir?

Há muito não sabia como era essa sensação, há muito ignorei olhares e fiquei longe de “encrencas”.

-Por que me sinto quente? Está uma noite fria.

Não quero, não posso, não vou.

Mas sempre soube, esse dia chegaria, arrebatou me.

Taís Domingues
Enviado por Taís Domingues em 05/07/2017
Código do texto: T6046096
Classificação de conteúdo: seguro