Era uma vez...

Era uma vez um povo medíocre, que habitava um país riquíssimo, que desconhecia e nada dele sabia, pois entregava a outros mal intencionados a sua gerência e preferia ficar de longe reclamando da sua incompetência...

Era uma vez gerentes ignorantes, que aclamados por um povo medíocre, perdiam sua oportunidade de fazer melhor e acreditavam que poderiam ser eternamente impunes e assim, mesmo negando suas evidências, perdiam suas regalias e voltavam a ser ninguém!

Era uma vez um país mal conduzido, que tinha suas instituições corrompidas pela cobiça, pela vaidade e pelo egoísmo desenfreado, mas que seguia em frente cada vez mais perdido na lama da mentira e da impunidade de um poder falso e marginalizado...

Era uma vez os revoltados por si só, que não conseguiam admitir suas escolhas derrotadas e continuavam acreditando nos seus gerentes mal preparados e por isso, mesmo contra todas as evidências dos seus erros, continuavam a idolatrá-los, a pedir a sua volta e a clamar por sua inocência e seu perdão!

Era uma vez um povo acomodado, que adorava as redes sociais e as notícias dos jornais, mas se confundia na informação e se deixava manipular pela emoção; que se esquecia da fé, da liberdade de escolha, da necessidade de ação e muitas vezes se perdia na disputa pobre e na sua inútil confusão!

Era uma vez um país imenso, lindo e cheio de riquezas, que tudo tinha de melhor para suprir seu povo, mas que era habitado por pessoas sem rumo e determinação, que não gostavam de regras, disciplina ou leis, que só sabiam comparar, reclamar e a tudo criticar...

Era uma vez um povo que não percebia seu erro quando pagava contas, não recebia seu troco, lançava no lixo os centavos que por direito ainda tinha e na sua eterna pobreza se sentiam na nobreza por aceitar este jogo e não dar valor a eles no seu triste dia a dia...

Era uma vez habitantes de um país muito grande, mas que não conhecia seu chão, que não percebia a razão, que negligenciava a união e que, por sua triste confusão ou sua pouca noção, só afundava a Nação!

E assim viviam e assim eternamente sofriam, mas a tudo esqueciam quando chegava o carnaval ou quando torciam pelo seu time de futebol e eram felizes ao saber que eram gentis e hospitaleiros, quando por aí dizer ouviam....

Cristale
Enviado por Cristale em 30/06/2017
Código do texto: T6041871
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