Tributo a Jeremias!
Ah! Quem dera ainda pela ultima vez apertar a sua mão e acreditar na eterna existência de entes queridos, é difícil não permanecer firme, a despedida é sempre cruel na separação.
Me resta a herança próxima a uma alma doce, ingênua, radiante e resignada pelo limite de um fim. Só as lágrimas me acalentam ao relembrar a sua feição durante a nossa vivência.
Restituir o ultimo momento, com palavras sinceras e adocicadas ao som da sua máquina de escrever ou ao canto de preto, o Curió. Este som sanciona a dor e conforta os dias chegados e vividos, sem o seu amor.
É triste saber que a vida é uma passagem e as oportunidades chegam e vão, ao pensar no propósito de aprender dar corda a um relógio, a alimentar um passarinho e descobrir recortes de jornais escondidos durantes anos, embora importantes para um futuro conhecimento, dentro de uma antiga vitrola desaparecida pela época, o seu terno olhar disposto a ensinar as minuciosas experiências adquiridas.
Então qual o sentido da vida? Quando encontramos aquelas velhas lembranças e idéias construídas e arquivadas durantes anos, as quais não foram admiradas e levadas a sério? Até as palavras ocultadas em pensamentos, trouxeram-me um temor ao reviver o ultimo, até logo.
Desconheço outra era, uma nova praxe, apenas o dever de valorizar a ministrada doutrina, antes da injusta partida.
Envelheço e descubro mais significados da dor, estorno a minha culpa, visgo as palavras, sentidos e formas. A enevoada reminiscência inspirou e despertou em tempo ideal, uma nova jornada de vida.
Tatiana Deiró Poieticontemporimas e versos