Aberta a um preenchimento de ser.
Eu nunca fui muitas, nem fui muito.
Também eu nunca fui poucas, nem fui pouco.
Eu nunca fui leve a ponto de flutuar,
Também eu nunca fiquei à beira de meu próprio precipício.
Eu nunca fui das que vivem pelas calçadas.
Também nunca me tranquei no ventre do mundo: a paz.
Nunca fui capaz de admirar o silêncio, muito embora jamais tenha verdadeiramente enlouquecido com o vago.
Meu peito é um auditório lotado de nada.
_Carolina Oliveira.