Fascínio
 
Não sei se meus olhos me olham, se me buscam, se me acham em minha própria retina. Sei que me quedo, quieta, olhar preso em algo que, mesmo que não veja, me fascine... mesmo rodeada por faces, não sozinha, o olhar se mantém longínquo, fixo, perdido em minha interior-ampulheta do tempo... na janela de meus pra dentro, na porta para o presente que me é dado. Se a luz precisa ser direcionada nesta realidade do existir, que meus pés possam aprender os paralelipípedos do caminho da sabedoria, a música do meu silêncio e contemplação...