Proseando a vida

 
 
 
Tempo encantado, aquele dos grandiosos sonhos.
Quantos filhos eu vou ter,
quantos amigos findarão na minha caminhada,
quantos diplomas...
Serão poucas as minhas decepções,
Será que serei feliz em minha jornada?
            Ainda há tempo de sobra para viver,
Alguns ideais tendem à se realizar,
Afinal a vida é uma linda e inesquecível poesia.
Plenitude é a descrição dessa viagem maravilhosa!
Água transparente, ao fundo
refletindo um céu cheio de coisas lindas,
dessas que não se pode contar!
Tudo flui novamente, maré mansa, fina clara areia.
Os sonhos foram sonhos numa loucura necessária.
O passado, foi trilha quando precisava chegar!
A alma agora leve, leva a ternura consigo.
A menina que cantava para uma multidão, sabia
que o seu estoque de decepção estaria por vir,
Mas ela tinha o poder de decidir!
Agora, não via nem queria nenhum rosto, ou alma.
Apenas acreditando sentia nas palavras da melodia,
as lágrimas se despedindo, e indo as fantasias.
Tempo inocente da velha menina, quando,
com alguns de seus  livros e caderno nas mãos,
ia para sua casa, querendo tão pouco da vida nua,
Vestindo o seu traje habitual, branco e azul marinho,
com a saia muito bem passada, abaixo dos joelhos;
_ Quanto pudor, até quando?
Nessa vida tão comprida, comprida até demais,
E... Cumprida a sua missão, voltando à rebeldia,
de que lhe serviria à esta altura, um amor?
Hoje?
Sem tempo ou paciência para os dramas ou tristeza.
Que fim? A sua vida agora que começou...













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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 15/06/2017
Reeditado em 15/06/2017
Código do texto: T6028417
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