Sou menina, sou borboleta...
Sou menina, sou borboleta,
Minhas asas são cor de violeta.
Borboleteio, pelos campos e pelos jardins,
Abraço as árvores, beijo as flores e o Jasmim…
Pouso nos parapeitos das janelas,
Nos narizinhos das crianças felizes,
Em mãos singelas, de fadas mui belas…
Aos pintores, dou ou levo inspiração,
Para que as cores da sua paleta,
Passem para a branca e alva tela,
Através das finas cerdas do pincel,
Os riscos são "gravados" como se fora cinzel…
Pronta a pintura e com inspiração,
A minha essência ela revela…
Trago de cada borboletear,
um perfume para guardar,
Em cada beijo dado a flores e ao Jasmim,
Ficou “plantado” o amor que há em mim,
Para que possa ser transmutado…
Nos parapeitos das janelas, deixo a esperança
Da mudança, da crença, da bonança,
sem medos, receios, vingança ou cobrança…
Nos narizinhos, das crianças felizes,
Fica a promessa da felicidade “doseada”
Nunca lhes falhar, porque o viver,
Também implica obstáculos por pequenos,
Que sejam, terem de os transpor…
Nas mãos singelas, das fadas mui belas,
Deixo meu pozinho de perlipimpim,
Para quando a vida da vida bordarem,
Façam do mundo da vida, maravilhoso jardim…
Na tela do pintor, para quem fui inspiração,
Fico agora á vista de todos, que me queiram ver,
Emoldurada, numa parede de uma exposição…
Sou uma menina, sou uma borboleta,
Com asas singelas, belas e cor de violeta
Mas modéstia à parte, eu sou alegria, sou vida,
E tenho um enorme e repleto coração de Amor!