DE VINHOS E DE DEUSES
Ah
essa minha timidez
Nada que me impedisse
de olhá-la
de soslaio
Fascinante deidade
Pedi ajuda ao meu amigo
Baco
Rubro de rubros vinhos
caminhei em sua direção
com uma taça em cada mão
Minha intenção
ela percebeu
por antecipação
quando me viu
e assentiu com um gesto sutil
Ofereci-lhe vinho
e trucentas poesias
Parecia um deus ébrio
de mil fantasias
Ela sorriu em demasias
Naquela noite
Baco teria companhias
Um deus e uma deusa
frente a frente
Finalmente ...