E agora, Náufrago! O que fazer!!??(6) final
Eu Sou, Tu És, Ele É, Nós Somos, Vós Sois, Eles São. Encontramo-nos neste holograma de infinitas faces. A mesma mente que concedeu o dom de carpinteira a Tereza para esculpir sua realidade, fica exposta ao Bernardo, Antonny, Júlia e Marquinhos; não verão outras realidades senão as de cada um. A elasticidade deste fato comprova a possibilidade da mente ser de apropriação comum. Ela é de todo mundo, e ao mesmo tempo de ninguém. É.
Por osmose, pode-se imaginar o que pode sentir Alex ao pegar a onda “maneira” no mar, e Joelma então! degustando tamarindo, “dá água na boca”, as reações e sensações, uma vez acionadas, como que padronizadas, são Uma.
Esta conversa daria pano para manga, o aventureiro e sua sombra.
Afinal! Quem foi o inventor disto? lidará com esta dualidade entrelaçada enquanto estiver consciência. Ele e Ele mesmo, desconforto maior que isto não há.
Ficarão no ajeitamento, a ciência, a arte e a religião buscando a integração do homem em meio ao mistério que é a vida. E quando alguém, como o ex-náufrago encontra o calibrador do caos em si, endireitando os trilhos na vida, o relógio bate macio, o vento corre com mais leveza. O cosmo suspira.
E a alma? Teria o ex-náufrago visto a alma pelo espelho?
Ele, sua sombra, mente. Eu e tudo, junto e misturado. Difícil entender, mais ainda aceitar.
Quiçá poder abandonar "maia", ilusão de ótica que me impede enxergar o realidade, desistiria do barco e do remo, mergulharia definitivamente no âmago que dá vida ao mar, e na fusão conheceria isto que dizem ser alma, das objeções e indagações renunciaria, não precisaria mais delas. Daí não importaria, desistiria de querer encontrar, transpor, chegar, alcançar...céu, terra, lar, o perfeito.
Tudo "É".
Fim