[Tento ser meus possíveis]
Quando eu saio do ramerrão do hábito,
eu abro os olhos;
detalhes que seriam perdidos
pelo olvidamento insensível
tornam-se muito importantes.
Eu me sinto a mais na rua, na paisagem,
eu estranho convívios, estranho tudo e todos...
Não apanho a flor,
não piso na formiga,
tento na ficar no caminho do vento.
Eu sou melhor — tento ser meus possíveis.
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[Desterro, 16 de novembro de 2015]