E agora, Náufrago! O que fazer!!??(5)
O aventureiro foi bucha de canhão do medo, este fez festa, faz onde a incerteza, a tristeza reina. Foi alvo dos meios; atacou, foi presa, cobaia, escravizou, “camelou” por longas distâncias, ao ponto de não importar mais com o peso.
O espelho foi no ocaso da vida, em momentos de ócio, coçando as feridas como o “Jó bíblico”, viu a si próprio em um dos cacos que tinha as mãos. A expressão do fracasso, como “maracujá maduro”, sinais do sofrimento, foi quando teve a ideia de fazer a faxina, levar tudo parra fora e deixar o Universo encarregar de fazer a desova do lixo.
A fita métrica e o relógio nos dizem que tem uma estrada e o tempo, pela medição feita do passado muito andou. O “sobrevivente” terá agora o restante da caminhada.
Que seja desperto nele, pela intuição, a natureza do elefante. É um dos mamíferos mais pesados da natureza, com seu compassar lento adota a persistência, a paciência para trilhar longas distâncias em busca do alimento e da sobrevivência, inclusive na seca. Em grupo, seguem a rota que desenharam pelo deserto, que tem todo desenhado na mente, sabem “farejar” com as trombas a terra seca e localizar água para beber, “cavucam” com as patas até jorrar de certa altura água, servindo até outros animais, impedindo-os de morrerem de sede.
O menino crescido conseguiu exercer a prática da renúncia, desapegando do passado, jogando a quinquilharia fora, o denso psíquico negativo que havia calcificado dentro de si.
Quisera que consiga manter o ritmo da caminhada como o do elefante, instrumentalizando o leão e o camelo em si neste mundo cujo base da sobrevivência nele há que existir: renúncia, amor incondicional à vida e entrega.
Quem sabe consiga transpor o oceano, alcançar quem criou não somente ele, mas as almas, os céus, as estrelas e todos os seres...o Universo...os Universos...ou quem sabe? Eu Sou.