Ao cair da noite.
Quando a noite se fizer alta, erguendo-se entre o brilho das estrelas, revelando a todos o seu negro véu de mistérios; uma brisa suave começará a sopra na minha janela, me revelando o segredo dos amantes da madrugada.
Debruçado na janela do meu quarto, com as luzes apagadas, e a escuridão me saltando aos olhos, revelando toda sua oculta beleza envergonhada.
Meus pensamentos voam no infinito do universo, Cintilando rudes versos, de um desnudado amor primaveril.
Em algum canto desta terra chamada Brasil, meu amor descansa sua formosa face de anjo ledo, nas plumas macias de algum travesseiro, eu aqui debruçado em meus sentimentos, observado o dançar das estrelas, tentado a crer no inconcebível poder do amor.
Amor desconcertante,
Amor descomunal,
Amor deslumbrante,
Amor tão desleal.
Este amor brilha mais que o Órion, este amor que se estende pelos dias, se arrasta pelos meses, que ultrapassa os anos.
Ainda debruçado na janela do meu quarto, acompanho o caminhar da lua pelo céu, enquanto no véu negro as estrelas brilham de contentamento. Meus pensamentos são tais como a areia do mar, que com fúria se joga sobre a praia, assim são estes meus pensamentos, jogados com ímpeto nestas toscas palavras de amor.
Meu cantar é solitário,
Não tem explicação,
Minha alma desgostosa,
No descompasso do coração,
De sofrer já não aguenta,
E não encontra solução,
Minha sina é te amar,
até o perder da razão.