Porque não paramos para ouvir a natureza?
O vento que assobia, enquanto balança as folhas das árvores que aproveitam o momento de proximidade para fazer confidências entre si e nos contar segredos.
A água dos rios deslizando suavemente pelas pedras qual amante em desvario acariciando a sua amada.
O barulho das cachoeiras, ao estenderem seus véus de uma brancura imaculada, qual noivas ansiosas no altar das pedras.
A poeira levantada pelos redemoinhos, chamando a atenção para a terra seca.
O mar. Ah o mar!
O mar no frenesi do vai e vem das ondas, mostrando que é necessário mover-se, evoluir, renovar. Avançar, mas também recuar, quando for necessário.
As plantas, as flores, os alimentos naturais, os remédios, as lições que a natureza nos dá, os animais.
Porque não podemos aprender mais com a natureza, ouvir mais a natureza se ela é a maneira mais fácil de nos conectarmos ao Criador?
Fátima Almeida
Um texto do livro RABISCANDO PENSAMENTOS.
Maio/2017