Legitimada
Possuo um universo em mim
No meu interior há muito,
mas não carrego sepulturas
Há muita saudade me consumindo
Cemitérios jamais residiram-me
Se carrego praças, céus, arco-íris,
pencas de estrelas, sóis e luas,
foi e é minha escolha legítima!
Que cada um se encarregue de si
Levem no seu íntimo o que quiserem
As minhas flores estão plantadas
Os passarinhos voam em liberdade
As borboletas brincam comigo
Os peixes vivem em rios e mares
Não sou jaula, então não aprisiono
Podendo voar, não virei rocha
Se posso ser céu, não serei solo
Lido com minhas dores brutais,
mas certa de que serei dor um dia;
a saudade daqueles que me amam...