Estrela cintilante.
Estrelas que no firmamento cintilam, estrelas errantes, testemunhas silenciosas de minhas lágrimas sem fim. Luz do luar que reflete em pequenas gotículas de angustias, o meu desespero escondido.
Caminho pelas ruas desertas de uma cidade sem nome, meu destino é incerto, apenas caminho nestas ruas mineiras, sem ter para onde ir, sem nunca querer chegar, sem nunca querer voltar, apenas caminho cabisbaixo e contemplativo nestas pacatas ruas mineiras.
Tenho um universo inteiro de questionamentos dentro de mim, um universo inteiro de incertezas, um universo inteiro de tristezas profundas e amores platônicos, palavras que nunca vão ser pronunciadas. Minha vida é confusa e complexa, sem sentido, sem razão, apenas vou caminhando nas estradas desta vida para cumprir minha pena de viver.
Estrelas que no firmamento cintilam,
Estrelas sem pudor e sem medo,
Estrelas sem pecado e nem culpa,
Estrelas andarilhas e belas.
Meus olhos, ó, estrelas; são indignos de contemplá-las, a sua beleza de majestade infinita estende-se com doçura no céu. Mas sou apenas um vulto poético, arrastando pela vida seu saco de versos tortos, tentando inutilmente desnudar dos prazeres desta vida.
Esse sentimento tão perfeito e complexo é a causa de minha insanidade, da minha insensatez, este sentimento confuso e perturbador é o dosador de minhas lamurias diárias.
Apenas fecho os meus olhos, comprimindo cada lágrima minha, e continuo a caminhar por essas ruas mineiras, a esmo, sem ter hora para chegar, quero apenas caminhar um pouco mais, sem palavras nos meus lábios que de cerrados que estão se fazem um túmulo de silêncio.