Estrela cintilante.

 

            Estrelas que no firmamento cintilam, estrelas errantes, testemunhas silenciosas de minhas lágrimas sem fim. Luz do luar que reflete em pequenas gotículas de angustias, o meu desespero escondido. 

            Caminho pelas ruas desertas de uma cidade sem nome, meu destino é incerto, apenas caminho nestas ruas mineiras, sem ter para onde ir, sem nunca querer chegar, sem nunca querer voltar, apenas caminho cabisbaixo e contemplativo nestas pacatas ruas mineiras. 

            Tenho um universo inteiro de questionamentos dentro de mim, um universo inteiro de incertezas, um universo inteiro de tristezas profundas e amores platônicos, palavras que nunca vão ser pronunciadas. Minha vida é confusa e complexa, sem sentido, sem razão, apenas vou caminhando nas estradas desta vida para cumprir minha pena de viver. 

Estrelas que no firmamento cintilam, 

Estrelas sem pudor e sem medo, 

Estrelas sem pecado e nem culpa, 

Estrelas andarilhas e belas. 

            Meus olhos, ó, estrelas; são indignos de contemplá-las, a sua beleza de majestade infinita estende-se com doçura no céu. Mas sou apenas um vulto poético, arrastando pela vida seu saco de versos tortos, tentando inutilmente desnudar dos prazeres desta vida. 

            Esse sentimento tão perfeito e complexo é a causa de minha insanidade, da minha insensatez, este sentimento confuso e perturbador é o dosador de minhas lamurias diárias. 

            Apenas fecho os meus olhos, comprimindo cada lágrima minha, e continuo a caminhar por essas ruas mineiras, a esmo, sem ter hora para chegar, quero apenas caminhar um pouco mais, sem palavras nos meus lábios que de cerrados que estão se fazem um túmulo de silêncio. 

 

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 26/05/2017
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