sou a sombra do medo

Eu sou a sombra que corre atrás do medo

Meu segredo é viver perto de mim.

Não há tempo que possa ser presente

Minha mente cruzou a luz do sim.

Aos que por ventura, não souberam me achar

Eu indico o caminho a redenção,

Olhe o vento que sopra nas montanhas

Pense alto e ouvirá uma canção

A sonata de um velho argonauta

Que saiu do mar para prisão.

Eu persisto em remar contra a maré

E sem fé só repito a oração

Como homem não sei língua de santo

Nem um manto vesti na escuridão

Tenho as pernas e corpo calejado

Sou fadado como os mansos à morte certa

Nem poeta salvaria esta nação

A não ser os mortos que viveram

Para morrer sob o julgo da razão.

09/08/2007

Evan do Carmo

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 10/08/2007
Código do texto: T600796