Prece à Moda da Casa
O céu ficou pequeno! Pai nosso que me perdoe! levei tudo para Ele! todo o amontoado, derramou, não existem braços e pernas suficientes para “catar” tantas penas, minha lógica fazia tempo que não via tantas perdas em forma numérica, os prejuízos foram soltos em frente ao ventilador em movimento, com a janela aberta foram para o alto. E agora, por ter as penas caído em quatro canto, algumas engolidas pela água e terra, infrutífera a tentativa do resgate integral do prejuízo.
Por isto, com a vontade regada do amor incondicional à humanidade que pertenço, sobrevoando os destroços elevo a prece, entrego ao Senhor dos tempos e das eras, minha, nossa vida, que foi levada à gaiola pela indignação, magoar, por termos confiado tanto, entregado o bem comum para outrem gerir, sendo surrupiados. Não tem como mexer sem provocar o odor da sujeira, o vulcão sinaliza acordar pelas próprias lavas.
Pai Nosso, que está nos céus, o teu reino vem, a tua vontade é feita, aqui na terra, como é aí no céu! Reino da pureza, justiça, amor e todas as virtudes incomensuráveis.
Pressinto que agora sim, o céu sobrecarregou! Elevei tudo para o alto, porque aqui não cabe mais um “A”.
Falo para além das fronteiras que instaurou a dor, a indignação, quero que minha voz, meu lamento em forma de poesia chegue aos confins do Universo, e em seus limites alcance os ouvidos dos anjos, arcanjos, mestres que minha imaginação intui ter existido aqui, estes, ao certo não estão mais, podem ter renunciado este tom de humanidade para içar novos voos, a nossa música está desafinada.
Que na compaixão estes seres de luz retornem seus olhares para esta civilização, diminuta na forma de explorar a consciência, que derrame o novo, o melhor para manutenção da paz, do ambiente favorável para todos continuarem a produzir estados de felicidade, e tecer o trabalho da evolução individual e coletiva, rumo ao perfeito.
Nos ajude!