JONH E O POETA
Muitos anjos da poesia vem soprar, intuir
Versos de amor ao poeta Jô
Que as recebe com alegria juvenil
E vem leve, suave como pluma
A bailar no ar como borboletas coloridas
E o Jô como um menino passarinho
Sonha deitado em nuvens de algodão
Sonha que é um colibri a beijar flores
E brinca com um gato angorá
Jô também gosta de brincar com as palavras
Embaralha-las desejando encontrar
A melhor rima e as vezes se atreve
Até a inventar palavras.
Mas às vezes o Jonh interfere
Com suas críticas severas
- Quem é você para inventar palavras?
Só podem os grandes compositores
Caetano canta Djavaniar
E Djavan gosta de Caetanear
Tudo que há de bom
Fico então bobo, sem graça.
O Jô não sabe escrever poesias
Versar versos, sonetar sonetos
Mas mesmo assim ele insiste, tenta
Diz ironicamente o Jonh
Então o Jonh deixa o Jô a se atrever
A escrever poesias bobas, pobres sem rimas
Sem graça e sem regras nem definição literária
Os anjos da poesia deve perguntar assustados
Que “poeta” maluco é esse? ...
(rs,rs sorrisos meu)
Outras vezes é o Jô que chama a atenção
Não seja tão rigoroso Jonh
Liberdade, liberdade
Há tanto o que dizer...Outras palavras
Somos eternos aprendizes está no meu perfil
Os demônios desejando serem amigos
Sopram algumas poesias tristes, depressivas
Down para o Jonh entregar ao “poeta”
O Jô tenta então colocar algum lirismo
E esperanças antes do ponto final
Algumas vezes, o poeta Jô deixa
O geminiano Jonh se manifestar
Em Dual, Ambivalência
Uma relação de amor e ódio
Alegrias e tristezas, desejos, sonhos
Confidências em alegorias. Alma desnuda
Mas que poucos sabem percebe-las
Nas entrelinhas de prosas
Algumas vezes vem os anjos do Jô
E os demônios do Jonh de mãos dadas
Oferecendo ao poeta versos de Eros
Então engolimos doces pecados
Beijos achocolatados no ritmo do pêndulo
Pura sedução na imaginação
E assim, segue o Jonh podando seu jardim
Querendo deixar o Jô, o pseudo poeta
O menino aprendiz, sonhador passarinho
A fluir, desabrochar poesias de amor
Seja lá como for.