Fotografia © Ana Ferreira
AGASALHO
Há no coração mais memórias do que no tempo.
O coração viu, sentiu e viveu as amarguras da vida,
O tempo apenas as viu passar.
O tempo vê circular as palavras escondidas
Em envelopes brancos, fechados.
O coração antecipa a notícia que aquele pedaço de papel esconde.
O coração é um universo, com países, fronteiras, cidades,
Ruas e becos, muitos becos. Alguns sem saída.
Há sentimentos nesses becos.
O coração fala. Diz tudo a quem o souber escutar.
No coração há vida, porque ele é vida agredida pelo tempo.
O coração é o lençol de linho bordado
Que embrulha os sonhos que em nós respiram.
O coração é o agasalho dos sentimentos
Que gritam em nós.
Que jamais venha o tempo calar essa voz.
Há no coração mais memórias do que no tempo.
O coração viu, sentiu e viveu as amarguras da vida,
O tempo apenas as viu passar.
O tempo vê circular as palavras escondidas
Em envelopes brancos, fechados.
O coração antecipa a notícia que aquele pedaço de papel esconde.
O coração é um universo, com países, fronteiras, cidades,
Ruas e becos, muitos becos. Alguns sem saída.
Há sentimentos nesses becos.
O coração fala. Diz tudo a quem o souber escutar.
No coração há vida, porque ele é vida agredida pelo tempo.
O coração é o lençol de linho bordado
Que embrulha os sonhos que em nós respiram.
O coração é o agasalho dos sentimentos
Que gritam em nós.
Que jamais venha o tempo calar essa voz.
Ana Flor do Lácio