Ausência

Quando te assentares à beira-mar

E lançares um olhar para o infinito

Com o vento a soprar-te o rosto,

Lança-me um pensamento

Ou lembra de um poema que te fiz,

Pois onde quer que eu esteja,

Seja aqui ou em um mundo ausente,

A sutileza de um arrepio tocará meu espírito

E eu serei intimamente feliz.

Feliz como teus olhos que fitam o oceano

E observam maravilhados o vôo da gaivota.

Feliz como o teu beijo em minha boca nula, adormecida.

Ama-me nesse instante único,

Onde o universo se desnuda a tua frente

E as ondas da maré cheia

Trazem o sussurro do meu suspiro aos teus ouvidos.

Ama-me amor; ama-me,

Enquanto sou vento, enquanto sou gaivota,

Enquanto sou nula e adormecida.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 13/05/2017
Reeditado em 26/05/2017
Código do texto: T5998115
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