A cada amanhecer

Aprisiono

Os sons que teimosamente insistem

em se fazer ruidosos.

Estrangulo

as palavras na ponta dos dedos

retendo-as na palma das minhas mãos.

Perfumo

meu corpo com o cheiro das rosas

colhidas ao entardecer.

Embalo 

meu corpo ao som de uma sinfonia de Beethoven

e danço com ela a valsa da vida.

Fito 

a lua á procura de paz

e o silêncio desejado.

Mitigo

as angustias e os desejos

Fecho

a porta por momentos

ao sol escaldante 

das emoções e das paixões

Faço

um pacto de cumplicidade com a lua

e amanheço em mim o silêncio

na luz pálida e serena

da lua cheia.

Embriago-me

dessa claridade imensa

que ilumina meu espirito.

Voo

nesse céu azul 

da minha inocência

e procura a renovação

dos sentidos

A cada amanhecer...

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 13/05/2017
Reeditado em 30/05/2017
Código do texto: T5997713
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