Referências

Sou vago como o vento, no meio desses pilares, abstrato no máximo, como uma arte de Portinari.

Quem não é, não capta a mensagem, nem consegue ver, é surreal demais pra você entender

E em meio a esses trilhos, foi aí que desandamos, com um futuro que não poderia ser previsto nem por Nostradamus

Nós falhamos, levantamos mano, como os romanos, incorporamos marginais, e aí nos matamos

Não fui Cristóvão, nem Colombo, no meio desses escombros, enquanto padres sexistas, estupram no vaticano

São brigas incessantes, como índios e Bandeirantes, querendo nos escravizar, como já fizeram antes

Procurando diamantes, pra enriquecer a monarca coroa, vai morrer trabalhando, sonhando com uma vida boa.

E não é à toa, que eles enganam a gente

Um povo fraco e marejado, que esquece facilmente, vira massa de manobra, pião pra vida inteira, que ainda não entendeu aquela frase da bandeira

Ordem e progresso, no país do futebol?

Não enquanto afogarmos nossas mágoas no carnaval, isso não é o ideal, já não temos pilares, me faz questionar se valeu a luta nos palmares, e eu vejo tantos lares, milhares de pessoas, sem comida na mesa, outros já não tem mais a coroa

Ficam entregues ao mundo, e suas tentações, enquanto a TV aumenta suas ambições

Oferece a casa, o carro, o luxo, o tempo inteiro, engraçado é que eu nunca vi eles oferecer emprego.

Programação escrota, distorce um ideal, e de forma eficiente faz lavagem cerebral

Na tela do jornal Nacional, mas quem diria, o manifestante ganhou papel de terrorista

Inversão de valores, meu coração até doi, ver a polícia opressora, taxada como os heróis.

E a gente não luta, mano, só reclama, como vc vai querer progresso, se não levanta nem da cama?

Juan JCP
Enviado por Juan JCP em 10/05/2017
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