Festa na praça
Hoje quero sentar num banco no meio da praça ao seu lado; ela é minha
Duvido que você sabia que tenho uma praça encantada; agora já sabe
Quero o sossego de comer algodão doce e me lambuzar toda de sorvete
Quero me banhar na fonte de água fresca que está logo ali - Olha!
Os passarinhos darão conta do musical orquestrado pela natureza
Quero o sol explodindo em cores no céu iluminando nossos esboços
Quero nossos tons entrelaçados num desenho único e intrigante
Vamos fazer festa na praça vazia enquanto a realidade engole multidões
O que é realismo é tão dependente de tudo, de tantos e tão em vão
Hoje preciso do chão para brincar de viver e sonhar acordada com você
Hoje quero comer do seu fruto, sentada no galho da árvore na qual subirei
Que se creia que seja tudo, que seja nada; não importa, nada não existe
Quero rir, andar de mãos dadas e almas pulsantes pelo gramado proibido
Hoje quero tudo que não pode, porque determinaram assim, quero revolução
Não preciso de bandeiras e nem alaridos para que a alegria ocorra livre
Corra comigo pelas letras salpicadas e em desordem; estão ao nosso dispor
Espantei pontuações, destruí rimas, quebrei regras que existem só para restringir
Cortarei todas as linhas dos balões suspensos e esquecidos, das pipas também
Que reine a anarquia, porque quero fazer travessuras e gostosuras também