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Sempre tive medo do mar era como olhar um universo em guerra no silencio, saber que todo um reino nasce e desaparece sem que consigamos notar me é fascinante e assustador.

Deixarei aqui minhas leves pegadas

Não na esperança de não ser esquecido

Mas na ilusão de deixar a minha marca

Caminhando por linhas tortas lhe envio este lamento

Por não poder lhe mostrar o que sinto

Se não chego em carne lhe acompanho com as palavras

Não há explicações e lagrimas suficientes para demonstrar a minha dor

Vencido por mais um não da vida, caminho passo a passo

Mas faria sentido seguir em frente? Teríamos alguma razão para fazer o que fazemos

Fazer acontecer, desejar bem forte, palavras doces com um sabor amargo

O amargo da falha, alguns dirão que é obra do acaso

Ou que isso é natural, faz parte da vida!

Que se dane a natureza, eu quero e não vou esperar pelo imponderável

Então, a atitude correta seria largar tudo e ir, mas a gente só faz o que pode

Talvez o meu maior medo seja não saber o que posso

E só buscar o que posso então ando em círculos incompletos

A intuição diz que posso mais a razão diz que posso menos

E assim fico metade de mim mesmo

Queria poder marcar com coisas inteligentes ou palavras importantes

Mas nenhuma palavra seria mais importante do que estar ai

Grito aos quatro ventos que lhe tirem o juízo ou a mandem para mim

E tudo parece tão insignificante diante da imensidão das estrelas

Horse Spirit
Enviado por Horse Spirit em 08/05/2017
Código do texto: T5992850
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