Concluo que...
Não venha me enxugar com este lenço sujo!
Não venha me falar daquele mundo de vidro que hoje se quebra, superficial.
Os gritos, os sorrisos não reconhecidos; se perdem aos ares poluídos.
Ah...olhos corridos, vida sem fim!
Sabe, há mais mendigos por aí que podemos conversar...
Em meio às praças abandonadas; uma casa para sustentar.
Corremos os olhos para esta vida...briga, briga, brinca conosco?!
Veja;
Pássaros voam, em ares poluídos...
Pensamos; Nós é que deveríamos estar extintos!
Em tamanha perfeição, há falhas infinitas.
Que não são multiplicadas e nem divididas, somadas ou subtraídas.
Pois a vida, apesar de complicada, não é uma conta de matemática.
Não compreendemos a vida que vivemos.
Mas sobrevivemos, agradecendo por vivê-la.
No final, qual o sentido da vida? Aquela velha e constante pergunta...
"A ansiedade de nossos tempos" ouvi dizer.
Sigo meu caminho de volta pra casa,
Daqui, além das lembranças e dos bons afetos, não desejo levar mais nada.