O POETA É UM FINGIDOR
Tudo está bem mesmo quando não está porque tudo, absolutamente tudo, concorre para o bem daqueles que amam a Deus. Eu O amo. Mesmo que para muitos Ele nem exista ou mesmo que para muitos mencionar qualquer tipo de fé seja algo estúpido. Não é estúpido ter fé. Estúpido é escolher não acreditar que tudo, absolutamente tudo, é parte de um milagre. Estúpido é achar que carrega em si respostas, soluções, reflexões, mesmo que medianas, só porque leu 2000 mil livros. Não leu? Então. Somos parte de um milagre sim e, de uma forma ou de outra, acertando ou tropeçando pelo caminho, vamos chegar exatamente onde temos que chegar. Essa é a minha fé, essa é a minha crença. E Deus é tão amoroso, mas de um amor tão sublime e inexplicável, que silencia para que minha voz ressoe e com Ele eu possa estar. E, quando choro, reclamo, resmungo pelo caminho. Caio de cansaço e até duvido, Ele sopra uma nova esperança que me faz esperançar pela graça. O silêncio Dele silencia em mim e, assim, mais um dia se vai. O silêncio de um dia chama a noite que chama outro dia como naquele poema de João Cabral de Melo Neto. E, se um vivente como eu e você pode crer que tem poder as suas palavras; por que não eu em Deus? Deus é o poeta máximo. Anônimo na criação, cuja criatura supera o criador. Discreto sai de cena e é tão perspicaz no que faz que finge não existir. É ou não é um poeta? E você, tolo, acredita.