MINHA TERRA, MINHA VIDA.
MINHA TERRA, MINHA VIDA.
Na minha infância tudo de belo e de artesanal acontecia, era a primavera da alma que começava dar os primeiros passos...
O caminho da vida cresce como uma semente bem regada e adubada todo o dia, as flores fazem parte da primavera da alma do ser humano que perfuma e acabam os desembaraços.
Não existia tecnologia, mas existia alegria, tranquilidade e a violência não renascia. Éramos felizes, tranquilos, estudiosos, pois nossos pais primavam pela educação sem fracassos.
A mocidade era linda, divertida não havia desarranjos sociais, pois predominava a disciplina e a hierarquia, as crianças eram doces, meigas e o lar refletia ordenação, a educação e a escola guiavam nossos passos.
Nas festas juninas muitos folguedos, adivinhações, Santo Antônio o casamenteiro era o preferido pelas donzelas todo o dia, na festa de São João e São Pedro festas tradicionais, quadrilhas, as músicas encantavam e o forró rolava a noite inteira com encanto feito compassos.
Minha infância, meu sonho abrilhantado quando o sol brilhava no céu a praia era a alegria. Quero voltar ao passado para reviver a alegria, o encantamento das brincadeiras sadias e de dias com a alegria dos palhaços.
Não havia tormentas, os vendedores de chegadinho batiam no triângulo e a criançada corria para comprar o petisco mesmo quando chovia e nessa hora o astro-rei se escondia e um belo banho de chuva nas biqueiras das casas jorrava feito estardalhaço.
Saudades do meu tempo que não volta mais, saudades do triângulo, das arraias, das cabeçulinhas, do guisado no quintal são lembranças que foram substituídas pelas drogas e pela violência arredia.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/ CEARÁ