Prelúdio
O céu trazia uma aparência vítrio,de um azul
que caminhava lentamente para o cinza.
Era uma tarde prateada,bizantina.
Uma débil claridade tocou a borda da minha
alma e um cheiro de flor pairou no ar
dizendo que tinhas partido...
Chorei tua falta como chorei por tantos outros,
como chorei por aqueles que sequer abracei,
toquei o calor das mãos ou ouvi a voz.
De todos,sorvi a emoção contida nos versos.
Gravados nas pedras do chão
Nos degraus dos passos incertos.
No adeus desenhado nas janelas com
o hálito das bocas e a música das vozes
flutuando no vazio...
Agora,resta a quietude,brancura aberta-
nostalgia num ar claro,quieto e brando.