A dor que dói na alma...
Pobre poetinha!
...De tanto fingir que sentia
Aquela dor aflitiva e lancinante!
A dor estúpida que precede a morte não morrida...
Realmente acabou aos poucos morrendo
Sem ao menos perceber...
Que a dor que fingia por tanto tempo sentir
Nem de longe era a dor dos agonizantes moribundos matados...
Mas sim aquela outra dor por tantos e tantos desorientados sofrida
E nem um pouco fingida!
A dor dos que fogem da vida...
...Bem antes dela ser bem vivida!
E naturalmente findar...
Naquela outra morte bem aceita por todos os que ficam:
A morte boa!
A longeva morte que advém da múltipla falência dos órgãos...
A morte morrida!
Felizmente (?!?...)
A dor que ele tão fingida e seguidamente sentia...
A sua sentidíssima dor
Era a romântica dor dos poetas!
Mas ainda não seria essa dor imaginária que acabaria por matá-lo...
...E nem também as suas tantas "outras" dores fingidas!
O pobre poetinha acabou morrendo enganado...
Nem ao menos suspeitando
Que a dor que intimamente deveras sentia...
Era a dor mais triste alhures sentida:
A dor que apressa a morte...
A desumana e tristíssima dor!
Que faz doer desde a mãe do corpo até o cerne da alma...
Certamente
Uma dor jamais sentida pelos insensíveis:
...A dor de uma vida desiludida.
Sorry...
Poetinha Armeniz Müller.
Um poetinha lapeano, sim senhor.
Contato: poetinhaarmeniz@Gmail.com
http://blogdopoetinhaarmeniz.blogspot.com.br
Postado por Poetinha Armeniz Müller.