Nosso quarto sempre foi,
um manicômio sentimental,
eu, o louco do amor,
você, minha crise diária, 
com meu certificado no bolso,
despíamos nossos conflitos,
e no fim de um dia vencido,
depois da nossa `DR´
entre os boletos do mês,
café, chá, contraceptivos,
das nossas viagens imaginárias,
nos nossos desejos mais loucos,
no roçar gostoso dos nossos corpos,
no beijo longo de olhos fechados,
enquanto a cama gemia,
as paredes tomam fôlego,
e lá, começarmos de novo,
como se assim fosse,
nosso primeiro amor gostoso,
amor de loucos, loucos um pelo outro.