Vento
O vento varre as folhas das árvores, nos seus redemoinhos, murmuram a despedida.
Algo se perdeu por um caminho de palavras...
_Vassoura de bruxa! Onde escondestes?
O reinado doce fora desmanchado, operárias seguem sua rainha.
Últimas gotas de mel, foram centrífugadas dos favos, a doçura esta nos vidros selados para o comércio.
Quem deseja sorrir e ter prazer necessita a compra.
_"De a César o que é de César e a Deus?..."
Amor, caridade, gratidão, obediência, dedicação.
_"Dai-lhe o troco em anchovas para o almoço, faça pesas com chumbinhos da coroa sobre os pratos".
O inverno se prepara em frente ao espelho, de sobretudo pretende vir ao nosso encontro, trazendo nos seus braços mórbido abraço.
Um carteado de memória, sobre o tapete da sala, pode ser um jogo divertido e enfadonho, dependendo da espera deste hóspede.
As folhas foram varridas, por aquele que veio não se sabe da onde e que segue para onde ninguém sabe, mas que existe e sopra seus cabelos.