JANELAS | MEIRIELLY
Naquela casinha, na beira do rio,
acordo cedo, respiro fundo e me alimento
do puro ar de paz e silêncio.
Abro as janelas e deixo a luz da manhã entrar
e assim ilumina o meu pensar,
e minha mente esquece dos vícios,
daquela vida corrida e daquelas relações
que de tanto líquidas,
escorrem pelos dedos das mãos.
Encarcera o sujeito, pobre, tolo e um coitado,
virou andarilho das cordas bambas,
e por conta do medo
o matuto deixou as portas fechadas,
agora o coração, já tão limitado,
fica remoendo as vezes que foi maltratado,
não aprendeu a cuidar das emoções,
e punido ficou em seu canto esquecido e empoeirado.