Matando a mim mesmo

Certo dia sonhei subindo ao monte. Como era ínclime ,ao escalar parecia que alguém puxava os meus pés pra baixo. Quando olho ,realmente ,havia alguém puxando-me. E, ao persistir ,olhei nitídamente para o rosto dessa pessoa. Por incrível que pareça, essa pessoa era eu mesmo. O interessante que veio-me o seguinte pensar: Eu o mato, ou ele me mata. Mexer os pés ,sacolejando até o persistente cair, foi à minha reação. Outro fato interessante é que , ao olhar àquela cena ,eu, me vi vivo aqui em cima e morto estatalado lá em baixo. O gerúndismo do título faz-se sentido porque, acordado,sempre há uma matança de minhas vontades diariamnte. Às vezes, a mim mesmo me mata. Mas sempre mato a mim mesmo.
Ministério_Poético
Enviado por Ministério_Poético em 18/04/2017
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