A liberdade...
Achava você tão forte e levei tudo na brincadeira.
Navegamos juntos em ondas bravias,
pulsava tanto, até o que não podia.
O tempo passou e você me ameaçou,
descobri a cardiopatia, quase por acaso.
Aos prantos você vibrava com os reveses das minhas emoções, juntava os pedaços das perdas que eu ia deixando pra trás.
Esquadrinhei sua dor e chorei muito, pelas lágrimas que o condenei ao longo das minhas andanças.
Hoje, o pacto está feito, pois partiremos no silêncio da madrugada, a lua nos será guia e voaremos como um pássaro conhecendo outros mundos.
Pelos anos vividos e pela paciência, terá como prêmio à liberdade...
Magda Crovador