BOM DIA!
CONSCIÊNCIA E EGO: A SERVIÇO DA MENTE
Tânia de Oliveira
Acordar cedinho nessa chuva fina que cai,
mostra-se nesse instante salutar.
Na alma, um silêncio indagador que mantem o espírito estático.
Mas a mente ruidosa força as paredes da consciência
querendo para si este estado .
Mas o espírito poético é maior.
Aqueles pingos de chuva que escorre devagar na folha da Cajazeira,
chama a atenção do ser.
chama a atenção do ser.
Nada se ouve da civilização além do canto do grilo insistente.
Também, o som das folhagens das plantas do vale.
As folhas dos coqueirais parecem abanar as árvores
menores abaixo de si.
Respiro fundo. Escolho não pensar.
E quem escolhe: a consciência ou o ego?
A mente forçou a porta e entrou.
Quem? Perguntou insistente a razão?
O pensamento rebusca com a memória a resposta:
- Caso o pensamento seja de dor, melancolia,
o patrono desse impasse é o ego.
Caso seja de alegria, felicidade, harmonia, completude,
então é domínio do ser.
Sim, quem cria as regras e os melindres da dor, do ciúme,
da desconfiança é o ego.
E quem supera o espaço tempo desses sentimentos limitantes
é o ser, a consciência.
Entre a tagarelice da mente
que já estava ficando prenha de diálogo, veio a fome.
O desejo de sair do jejum é biológico,
mas o desejo tempestivo de comer é gula.
A gula é o excesso A gula é um servo a serviço do ego.
Levantei-me, rendi-me a ela.
Maceió, Serraria, 13/04/2017.