Vou
Sou a poeira que alguém deixou,
rastros que a vida foi desenhando,
Vou pedindo à vida,
um pouco de flor,
Preciso dos raios de sol e um tanto assim de ilusão,
Vou driblando o que me causa horror.
Peço à chuva para molhar o deserto
que há em mim sem você por perto.
Vou roubando coloridas paisagens,
É que a vida precisa de muito sonho,
Precisa das noites,
para presentear as almas solitárias, com poesia...
E eu preciso do brilho duma só estrela,
para iluminar o caminho perdido
do que aqui dentro há, e cala um amor.
_ Liduina do Nascimento