PAUSA.

Pausa. É o que peço. Ao pensar naquele reencontro. No encanto de risos singelos, olhares modestos, toques tímidos e frases marcantes. Pausa longa merece um instante como aquele.

Fiquemos assim. Para que iriamos adiante? Prefiro contentar-me com o teu primeiro nome. Assim, recuso meu precoce anseio de te ter por perto e repetir aquele nosso momento breve.

Pausa. Não quero saber sobre o teu passado. Nem sobre os teus amores frustrados. Pois, também receio que descubra meus medos, marcas profundas, cicatrizes da alma. Porque não há história humana sem devaneios, fraquezas e falhas.

Fiquemos assim. Para que iriamos adiante? És tudo perfeito para mim. E talvez sou, para ti, o teu maior encanto!

Pausa. Sim, uma pausa somente. Porque confesso evolver-me e não julgaria inocente esta vontade que tenho de te encontrar outra vez. Mas, por cautela, limito o meu pensar à espera. Pois, se do contrário intento, bem sei onde posso te encontrar novamente.

Fiquemos assim. Sem expectativas. Não vamos tornar habitual este lindo sentimento que pôde nascer tão de repente.

Pausa. É por medo que digo não ao destino. Mas, por ousadia, continuo a aceitar as armadilhas do acaso.

E que casualidade atrativa! Fascínio prévio! Início de um futuro amor ou dissabor. Mesmo assim, nesse estágio, sequer nos perguntamos: Para que iriamos adiante?

Prefiro contentar-me com o teu primeiro nome! Um nome comum que se tornou incomum daquele dia em diante...

Jaildes Ferreira
Enviado por Jaildes Ferreira em 09/04/2017
Reeditado em 07/08/2017
Código do texto: T5965958
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