PAUSA.
Pausa. É o que peço. Ao pensar naquele reencontro. No encanto de risos singelos, olhares modestos, toques tímidos e frases marcantes. Pausa longa merece um instante como aquele.
Fiquemos assim. Para que iriamos adiante? Prefiro contentar-me com o teu primeiro nome. Assim, recuso meu precoce anseio de te ter por perto e repetir aquele nosso momento breve.
Pausa. Não quero saber sobre o teu passado. Nem sobre os teus amores frustrados. Pois, também receio que descubra meus medos, marcas profundas, cicatrizes da alma. Porque não há história humana sem devaneios, fraquezas e falhas.
Fiquemos assim. Para que iriamos adiante? És tudo perfeito para mim. E talvez sou, para ti, o teu maior encanto!
Pausa. Sim, uma pausa somente. Porque confesso evolver-me e não julgaria inocente esta vontade que tenho de te encontrar outra vez. Mas, por cautela, limito o meu pensar à espera. Pois, se do contrário intento, bem sei onde posso te encontrar novamente.
Fiquemos assim. Sem expectativas. Não vamos tornar habitual este lindo sentimento que pôde nascer tão de repente.
Pausa. É por medo que digo não ao destino. Mas, por ousadia, continuo a aceitar as armadilhas do acaso.
E que casualidade atrativa! Fascínio prévio! Início de um futuro amor ou dissabor. Mesmo assim, nesse estágio, sequer nos perguntamos: Para que iriamos adiante?
Prefiro contentar-me com o teu primeiro nome! Um nome comum que se tornou incomum daquele dia em diante...