Eu queria escrever um poema bonito

um poema com a frescura do mar,

com a doçura de uma freira,

com o abraço de uma mãe.

Um poema que me fizesse inspirar melhor,

filosofar melhor

e dialogar comigo mesmo em forma de versos.

Eu queria escrever um poema belo como o Brad Pitt ou Angelina Jolie,

perfumado,

com gosto,

com sabor.

Um poema que emocionasse tanto quanto ouvir We are the world cantada pelas irmãs cegas de Campina Grande.

Um poema que fizesse chorar,

cantar

e pular São Longuinho ao mesmo tempo.

Que fizesse voar,

estar em São Tomé das Letras e no Pico do Gavião ao mesmo tempo;

algo livre,

sem crise,

imparcialidade.

Um poema que fizesse meus dedos dançarem,

meus pés tremerem,

meu coração pulsar.

Um poema verdadeiro!

No fundo no fundo, eu queria mesmo era escrever um poema bonito, pois descobri que a beleza humana está na verdade.

Somente por dentro,

Lá mora a verdade,

Lá mora o poema mais bonito que já escrevi.