Escrevinhá

pra arma aliviá

pra a garganta não secá de palavras engasgada

pro coco saí na hora de cagá

pra chamá a muié amada pra toma um sorvete depois da missa

escrevinhá

pra mágoa não caí no mata burro da solidão

pra tristeza ficá escondida no canaviá

pra mardade ficá no currá e nem chega perto do arraiá

escrevinhá

pra dançá a dança do amô

respirá o ar da bondade

e nadá no rio da amizade