Falando de Amor
Que os poetas e os românticos me permitam falar de amor, e criar conjecturas abrangentes ou singulares - simplistas, mesmo!
Que me perdoem a falta de tato no trato que tento imprimir em palavras sem muita ressonância, efeito, rebuscos, rimas ou métricas.
Arrisco-me em palestrar sobre algo que desconheço; pois não entendo de amor, nem de poesia, nem de romantismos...
Em toda esta minha incompetência e falta atributos, percebo - com estes olhos brutos - o efeito anestésico, alucinógeno, abobalhante que este nominado amor provoca em seus acometidos.
Me parece um "estado de graça", passado como recibo a cada riso almofadado, a cada vez em que o mais natural ato de respirar é transformado em longas inspirações seguidas de suspiros intermináveis.
Talvez eu pudesse - caso fosse cientista - comprovar que o amor é um vírus transmitido por algum inseto que pica pessoas, aleatoriamente. Isto explicaria um par de coisas como, por exemplo, a notória mudança de comportamento do infectado, seja numa nova seleção de palavras ditas em tom de melodia, seja no modo de vestir-se, ou de portar-se.
Como já alertado, não sou especialista. Mas não é necessário que se dedique anos em observações para que se chegue à conclusões como estas.
Quem ama, possui um destemor incomum; uma visão mais apurada e direcionada aos bons adjetivos dos outros; e passa a ser mais acometido por sonhos, dormindo ou desperto.
Quem ama, exala um cheiro distinto e tem seu olfato apurado. De longe sente o cheiro do amado (a), como se estivesse mesmo ali.
Quem ama, tem um sexo mais saudável, mais tesudo, mais vibrante, mais entrosado.
Engraçado é perceber que quem ama ri de si mesmo e acha uma gracinha coisas tão bobas no outro.
Quem ama, confunde a matemática quando soma e multiplica dividindo, seja o pão, a emoção, ou a cama