...“ ABRAÇO DE CHUVA”...
A passarada rápido se recolheu. (...) Não era uma chuva calma, nada de plácida havia em si; era daquelas que em meio ao outono vinha sem dó, aliás; rugia com a ventania. Creio que havia um objetivo, varria os últimos vestígios de folhas velhas que ainda bravamente até ali resistiam.
De súbito veio-me uma idéia e a lâmpada ascendeu, sabe; daquela que tinha em revistas em quadrinhos? (gibi, professor Pardal), exatamente; a tal.... Eu que não gosto de chuva forte, principalmente esta com trovões, ventanias e horripilantes raios que riscam o céu e a gente reza para que caiam bem longe, pois uma vez que é raio tem que cair em algum lugar, de preferência distante o máximo.
Ah, aquela idéia fixa que me aflorou tomou forma, era: ‘tomar um banho de chuva’; imagine, logo eu. Despi-me dos óculos, (é, uso faz tempo (risos)). Atrevi-me entrar naquela chuva torrencial, os trovões e os raios haviam amainados quase de todo, se ouvia um ou outro bem longe; aquela cortina de pingos gelados derretia em mim e por um instante pensei em recuar, mas, me fiz de forte e ali ‘eu e a chuva’; em minutos encharcou-me e não é que comecei a gostar daquele abraço!. Esqueci-me totalmente do frio e parecia que os pingos me aconchegavam e aqueciam.
Assim, naquele gramado como se ouvisse a mais bela valsa, dancei e dancei!. Ah! Aquela chuva docemente me entendia, sentia que minh’alma era lavada, deixei qualquer vestígio de aflição cair, me libertava de emoções antigas, ela me inspirava....deitei-me para sentir o cheiro da terra molhada, (já sentiste?) o perfume da grama verde(?). Numa espécie de terapia comunguei meu espírito com ela e várias vezes aspirei todo ar que podia.
Da varanda, ’ele’, o amado me via, acenei para que viesse sentir tudo aquilo que sentia, aquela leveza, integração real com a natureza... Meio relutante aceitou o convite, exultei! Corremos de mãos dadas, gargalhávamos, brincávamos de pega-pega; já meio exaustos nos deitamos na relva; agora éramos os três; eu, ele e a chuva. Os corpos se aqueciam entre pingos frios.... Encharcados; nos olhamos em silêncio, nada podia ser dito diante daquele cenário... mas, os beijos inevitáveis; não pudemos resistir, na relva molhada, ali nos doamos sem reservas; a chuva com certeza aquele amor abençoava.
Ainda com a sensação daquela magia um som estridente quebrou o ar, não, não era raio nem trovão ; era o despertador chamando-me para acordar...
(Tem sonho que parece real, e...eu gostaria que tivesse sido).
Ah! Os pássaros despertos há tempos,
saudavam-me com alegria, como a dizer;
harmonioso seja seu dia!
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- SP – Ly –
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Esta é uma inesquecível música....
"CANTANDO NA CHUVA"
https://youtu.be/w40ushYAaYA
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AS INTERAÇÕES SÃO BEM VINDAS; ENFEITAM COMO
BORDADOS PEROLADOS. MUI GRATA AOS CAROS POETAS.
** Walter de Arruda **
Naquela noite não
Não era só o sonho e a chuva
Era mais, muito mais, o calor ao se desprender
Dos nossos momentos subia às nuvens
E destas descia em orvalho
Efervescente adornando a tua tez
E o teu olhar dizia
Como é bom quando sonhamos sempre o mesmo sonho...
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** Norma Aparecida Silveira Moraes **
MUITO BELO E PROFUNDO
ENVOLVIMENTO TÃO NATURAL
NAS BELEZAS DESTE MUNDO
DE SENTIMENTO UNIVERSAL.
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** Maria Augusta da Silva Caliari **
A chuva batendo na janela,
que beleza,que suavidade!
Assim nesse devaneio
de que ele estava ali junto a mim,
acordei!Espreguiçando-me,demorei
um pouquinho para abrir a janela,
não desejava sair daquela emoção tão vibrante.
De súbito,então, abri a janela para ver se
ele estava escondido,pelo jardim,
aguardando o meu chamado!
Olhei, olhei novamente e nada.
Meu sonho a água da chuva levou,
mas o cheirinho da terra molhada,
as rosas com os pingos delicados
parecendo orvalhadas,ah, essas maravilhas
são reais!Valeu pelo sonho sonhado, que não se realizou..
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** Carlos Celso CARCEL **
"JUNTO COM A CHUVA QUISERA
PODER TAMBÉM TE ABRAÇAR
FELIZ TE VER DESPERTAR
NUMA ALEGRIA SINCERA
QUE AO ME VER À TUA ESPERA
SENTIR DESEJO DE AMAR".
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** James Assaf **
Despertador sem graça
Acordou meu sonhar
Apenas por pirraça
Pôs-me a trabalhar.
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