o email que nunca será enviado. 4hrs am
era uma vez a época quando se eu fosse um tomate eu sei que você gostaria de tomate se eu tivesse lábios e mais lábios você se perderia buscando onde beijar beijando todos com sua insana intensidade e se tivéssemos nascido na época das grandes guerras e do surgimento das ideologias seríamos confrades apaixonados que provaríam que o amor existe enquanto nos esconderíamos na guerrilha preparando a retomada do poder. se as suas garrafas de água geladas depois dos jogos de basquete não me encantassem se seu beijo quente não aquecesse eu ignoraria seu amor morno e largaria tudo. eu que sempre deixei guardado enterrado eu que nunca amei eu que conheci minha exceção você que me faz perder a cabeça que diz que me ama que borra meu batom que debate sempre que temos vontade que é o remetente-destinatário deste email que nunca será enviado que causa desconforto porque tenho medo que acabe. quero que sinta me veja sorria me ganhe a viagem é boa e quero que a continue comigo quero que prove que tudo o que diz é verdade e que suas incertezas se curaram para que assim possa curar as minhas. que prove que esse ioio euteamo/euteodeio é algo concreto com uma cordinha que não arrebenta. porque no fundo o medo pode ser superado por algo que é tão certo que torna-se fato. peço que seja eterno enquanto existir mas que se esforce pra resistir porque eu me desobedeço por ti.