Papel dobrado
Sem pele
Sem carne
um louco sonhador
palavras belas
preencher uma conversa vazia?
O modo diverso
De cima observo sem julgar
Sem questionar
Como se pudesse acreditar
As sobrancelhas subia
Como se quisesse rebater
É...
Um dia tudo isso me foi rei
Veleiro cruzando marés
O povo gritava sae desse precipício
Cairá se não sair
acreditei
Enquanto a pele ardia em brasa
E as palavras não passavam
De. Uma escultura artística
No mundo interior por algo
Sem rosto
Sem sustento
Comendo a carne por dentro
Lá fora uma tenda
Um circo
Aplausos
Um mundo de artifícios.
Aqui a paz,
O vento na noite corta a escuridão
As estrelas talvez possam aparecer
Jorrando brilho
Cruzando o infinito...
Tudo isso pra dizer
Que nada é agora
Tudo se foi na outrora
A história
De iniciar com parágrafo
Obedecendo pela primeira vez
A ordem do abecedalho
Foi...vai...
Começou a letra rascunhada
No papel desdobrado.
A alma
Jorra pó no Ligar de água
Lança sua mão
Traz um fio do vento
Colhe da noite
Um momento
No seu ventre.