Papel dobrado

Sem pele

Sem carne

um louco sonhador

palavras belas

preencher uma conversa vazia?

O modo diverso

De cima observo sem julgar

Sem questionar

Como se pudesse acreditar

As sobrancelhas subia

Como se quisesse rebater

É...

Um dia tudo isso me foi rei

Veleiro cruzando marés

O povo gritava sae desse precipício

Cairá se não sair

acreditei

Enquanto a pele ardia em brasa

E as palavras não passavam

De. Uma escultura artística

No mundo interior por algo

Sem rosto

Sem sustento

Comendo a carne por dentro

Lá fora uma tenda

Um circo

Aplausos

Um mundo de artifícios.

Aqui a paz,

O vento na noite corta a escuridão

As estrelas talvez possam aparecer

Jorrando brilho

Cruzando o infinito...

Tudo isso pra dizer

Que nada é agora

Tudo se foi na outrora

A história

De iniciar com parágrafo

Obedecendo pela primeira vez

A ordem do abecedalho

Foi...vai...

Começou a letra rascunhada

No papel desdobrado.

A alma

Jorra pó no Ligar de água

Lança sua mão

Traz um fio do vento

Colhe da noite

Um momento

No seu ventre.

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 22/03/2017
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T5948331
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.