Luta Inglória!
Caí aqui. Restou tornar discípula de uma escola que induz alunos e mestres serem aprendizes uns dos outros. Terra de ninguém, bola viva que gira tranquila em meio ao nada.
Resido em volta de um eixo que nunca se mostra, engrenagem que encontrei pronta. Sei que deixo resíduo, rastro de que estive porque a leitura relata o óbvio, palavras que nascem como fossem conhecidas. Resmungo, tolho minhas sensações inutilmente.
Quando aquieto vejo o mar e o movimento das ondas, que não cessam do regorgitar palavras, pensamentos, sem espaço para descanso. Vivem do piloto automático, anônimo, jogo da mente, dada ao vício, ópio oferecido pelo desejo que trafica produto conhecido, alucinógeno barato que satisfaz o meu quê imediato.
Cinco sentidos, portões de entrada da alma. Logo eles! de servicais, tornaram anfitrioes no trama da vida.
E "Eu" dentro. Me remoendo, tecendo e refazendo o mesmo boneco todos os dias.