Canto diverso em verso
A solidão adormeceu;
de madrugada
me da sua mão
Desenhando no papel
Abstrato.
O sopro do tempo
Do Sul e do Norte
O poema beijou minha fronte
Evoluímos no mesmo Horizonte.
Cavouquei minha sepultura
As pedras se tocaram
O sino da minha igreja soou
Da prece e da dor
Renasci com fim no amor
Longe dos olhares
Tocava uma musica que nunca ouvi,
Suave dançou fechando os olhos
Na valsa dos sonhos
O cisne preto e branco.
Canto só
O mais o alto que posso ouvir
Quem escutar a meu canto
De penas e pernas
Na terra de bem te vi!
Esse sol
Quantos deles deixei só
O passado devo um milhão
E hoje não pago a ingratidão.
O coração enche um rio
Transborda pelos lagos dos olhos
A água que irriga minha pele
Na seca sei que meu corpo envelhece.
Não deixarei morrer a vontade de Viver
A vida me nomeou seu rei.