DENTES DA NOITE

A noite no Rio tem suas bocas perigosas. Esquinas quietas e chuvosas. Perigosas e duvidosas. O frio ta tão frio pro Rio...Silenciam passos. Cruzam automóveis; há ainda um bêbado no caminho. É domingo. Tudo fica mais quieto. A maioria já se recolhe, para cedo labutar.

Os corredores superam a expectativa das pessoas. Poucas “almas vivas”. Alguns se agasalham em pontos de ônibus procurando fugir da chuva fina. Um casal se beija na curva da esquina... Pouco se importando com quem está em volta... Alguns sorrisos de fim de festa se manifestam. Correm alguns jovens pra lá e pra cá.

Ouço uma sirene. Várias outras. O coração dispara! Será que acelero? “Onde há muitas sirenes, presume-se que haja algum problema”. Carros do “CORE”. Acelero ou paro e entro no Restaurante? Espero um pouco. Eles passam ao meu lado. Nada grave. Muitos rostos e armas empunhadas nas viaturas da Polícia. Rotina do Rio. Rotina...

Não agüento mais essa rotina insuportável!

Por isso é que prefiro ficar em casa e, mesmo que, sozinha, escreva "abobrinhas", tenho certeza que vou acordar "rainha",ou seria “princesa?” Não importa. Certamente acordarei em paz.

Rose de Castro

A ‘POETA’

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 05/08/2007
Reeditado em 07/08/2007
Código do texto: T594300