"Não sei o que fazer das cinzas"
Olhei o cinzeiro abarrotado e por um momento não soube o que fazer das cinzas. Acostumado aos meus fantasmas, pensei que cada manhã deve ser como um renascimento. Com vagas idéias tentei vestir um rosto indecifrável. Por uma dessas circunstâncias inesperadas pensei no banquete de ODIN, mas não propriamente na comilança, mas no depois
em que todos os heróis já estivessem saciados.Imaginei os comensais
que olhando para o alto, não mais vissem o teto de bronze, mas um
manto de estrelas. Então todos dariam conta que o final dos tempos havia chegado a termo. Todas as pendências haviam sido resolvidas
pois a grande equação universal se completara.
É que tudo fora resolvido, as chamas de fogo já haviam se encapsulado
e a rosa perfeita transparecera como metáfora idêntica à criação do
UNIVERSO. Assim pensando, retornei à rotina do dia e deixei as cinzas
no cinzeiro.